quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Who knows?

Quem sabe nem o Alzheimer me faça esquecer o período menstrual da menina com o andar engraçado que tem tanto medo de sapo. O gingado espontâneo dela cativou meu sexo e durante um bom tempo minhas fornicações foram todas dedicadas a auréola enrijecida do seio dela. Quem sabe meu filme pornô seja ela. Quem sabe a princesa cansou de ser acordada com um beijo na boca de um príncipe clichê e sem graça, quem sabe ela queria mesmo é uma boa chupada entre as pernas, um linguete matinal. Quem sabe ela queira acordar sem saber se ainda está sonhando bem alto, lá nas nuvens. Quem sabe eu emolduraria as calcinhas que roubei após o sexo com amigas que conhecia tão bem. Não lavaria e não nomearia, deixaria o odor falar por si. O cheiro seria a assinatura invisível de uma noite fedida a fornicação e a sexo sem compromisso. O amor tinha prazo de validade, ele só existia durante aquela hora incompleta de uma noite escura e cinza de um dia frio, dentro de um hotel com letras em azul e vermelho piscando lá fora. Quem sabe liberdade seja colocar o necessário na mochila e andar por aí. Conhecer cachoeiras, mulheres e mergulhar de ponta na duas. Relaxar na beirada, fumar, acampar e passar a noite inteira ouvindo seu barulho de acalento e violência. Quem sabe liberdade esteja no céu da boca de quem te acorda fazendo um boquete enquanto os primeiros raios de sol iluminam as marquinhas queimadas de um biquini fio-dental. Quem sabe o tom amarelado do seu dente não seja pelo cigarro ou pelo café excessivo. O tom avermelhado da sua gengiva pode significar que você passou a tarde inteira comendo amora, açaí ou lambendo uma garota menstruada. Quem sabe o óbvio é inimiga da descoberta e aliada de uma imaginação fértil e podre, feito terra preta. Quem sabe dedicação seja passar em todas as matérias escolares, ou talvez seja uma frase de efeito de alguma loja que pagou caro por um tempo no horário nobre da televisão. Envolvimento com desleixo nunca convenceu ninguém a batalhar grandes guerras, envolver-se não é o prato principal de alguma refeição, no máximo é a cereja do bolo no qual o primeiro pedaço vai para a pessoa que mais se comprometeu e se esforçou para estar ao seu lado. Quem sabe comprometimento não seja a galinha e seus ovos, e sim o porco, o bacon e seu sangue ainda morno.

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