terça-feira, 9 de novembro de 2010

Estações e Vilões . .

´E aí vem o inverno, o frio, a necessidade de calor humano e acorda o cara romântico e bobo que há dentro de mim, o cara que ama desesperadamente simplesmente atravesando uma simples rua, de uma calçada a outra. Saio do pesadelo direto pura um sonho bom onde tudo é mentira e penso se não é pior do que um pesadelo de real. Encontro quem me abraçe, digo que é linda e beijo de olho fechado, mas minha voltagem sempre é diferente e comigo não existe a bivoltagem, minha tampa sempre é maior, menor ou simplesmente não combina com a cor ou formato de alguma panela feminina. Exigo o mínimo, uma forma de paz; saber beijar, fazer massagem e compreender minha alma. Escuto canções e o máximo que me lembra alguém é um trecho ou um refrão, queria uma paixão pra lembrar durante uma canção de amor inteira. Sou o rei do baile, fico com a rainha e não vejo isso como um presente, pelo contrário, vejo isso como uma maldição. Sempre admirei o casal de nerds que andava de mãos dadas no intervalo da escola, sempre conversando, as vezes sorrindo, mostrando a luz que brotava do aparelho de ferro de ambos, mas nada comparado ao brilho dos olhos dos pompinhos mau notados pela sociedade escolar. As vezes queria trocar de lugar com ele. Sempre pensei em trocar as meninas, os sorriso que provoco, as festas, as bebidas e o respeito de todos por uma paz em um relacionamento sussegado, mas isso passava mais rápido que o orgasmo humano ou meu olhar de rabo-de-olho na bunda da minha chefe, acho que gosto dessa maldição, sempre gostei dos vilões mesmo.  E aí vem o verão, estou mais sóbrio, menos carente e mais disposto a fazer todas mulheres felizes mesmo sabendo que vou desapontar todas elas quando disser que não estou preparado pra assumirr nenhum tipo de relacionamento sério. Sempre digo a verdade, NÃO QUERO! e elas parecem ouvir um não posso ou um eu até queria... e continuam insistindo, mas sempre passa, depois de mim, elas acabam enxergam o cara que manda mensagem na madrugada, as pessoas que são verdadeiramente apaixonado por elas, então percebem a sabedoria, encontram o dissernimento e sempre acabando se convencendo da velha frase clichê: 'Vou gostar de quem gosta de mim..'. - maldita sorte.. Começam a namorar e de uma certa forma eu nem sinto falta, exeto do sexo, presente ou de bons bate-papos entre um beijo e outro. Não me arrependo até o outro inverno, até outro tempo frio, até aquela época que sempre me pergunto onde foi parar aquela menina que gostava de mim até o verão passado. De novo jogo a rede do amor no mar e sempre encontro vários peixes, as vezes até algumas sereias.. Me sinto um monstro no começo e depois fico contente de ve-la feliz e aí penso comigo mesmo: 'De certa forma eu trago a luz'.  Nesse filme de terror que é o amor, o vilão vira o mocinho. Assim, durmo bem e acordo sorridente.