quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Diário da Minnie Mouse



Eu te via por aí, Jill, andando pelos corredores da faculdade sempre com algum livro do Nicholas Sparks pendurado pelo braço. Atrasada, bebendo água, girando a catraca - sempre com os olhos sonhadores, loucos para viverem longos capitulos de algum romance. E quando eu não sabia seu nome, eu improvisava para os amigos: "Olhem, é ela ao lado da loira. Aquela morena de chapéu engraçado." ou "Vejam, é aquela com o vestido florido e com um sorriso no rosto." E então eles olhavam e não tinham dúvidas, era você. Como se apenas você fosse morena, não se vestisse de acordo e fosse feliz durante todo o recreio. Engraçado como sempre te imaginei em uma época passada. - anos 70, 80 talvez. A época em que amores não-correspondidos viravam poesias em diários secretos. Imaginei você usando aquelas batas marrons com desenhos egípcios nos cantos, ou uma calça colorida boca de sino. Com uma flor em uma das mãos enquanto a outra sinaliza a paz, com o indicador e o maior-de-todos fazendo um "V". E tudo que eu consegui fantasiar foi a gente, Jill, de mãos dadas com um baseado aceso entre os dedos, escutando Beatles ou Rolling Stones, andando ao redor de uma grama bem verde e dando longos beijos entre um riso e outro. Hoje sou um grande amigo seu, Jill, e isso é uma saco! Me sinto como se fosse aquela pinta desenhada no canto direito do seu rosto moreno, perto de sua boca sem batom. Bem pertinho, porém longe. Longe como o horizonte, inalcançável como a felicidade. Essa vontade não passa, não adianta. E eu, lá no fundo, ainda espero que seus olhos sonhadores me vejam como o moço protagonista daquele livro de romance, que você lê a noite e guarda na cabeceira da sua cama de solteira pouco antes de adormecer. Jill, o que eu quero dizer é que eu desejo o seu corpo mulato, sua virgindade e algumas tardes no parque perto da sua nova casa. Desejo que você abra seu diário secreto, com a capa da Minnie Mouse, na página de hoje e escreva as inicias dos nossos nomes dentro de um coração rabiscado em um tom de vermelho-ocre, e que eu seja a função soneca para você chegar atrasada na faculdade no dia seguinte.

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Carta de despedida


AO MEU GRANDE E ÚNICO AMOR.


Espero que leia com carinho, pois é com grande dor no coração que escrevo-lhe esta carta,
pois, pessoalmente não conseguiria dizer-lhe com sinceridade.

Devo admitir, de fato, que durante esses 4 anos, você me acompanhou em todos os momentos, sendo
eles bons ou ruins. Fazia parte na minha roda de amigos, na hora da bebedeira, na hora da aflição, e, principalmente, quando eu estava sozinho, entre outros vários momentos que numa carta seria um espaço muito pequeno para compreendê-los.

Gostaria, ainda, de me desculpar sobre nossas discursões, sobre nossas brigas, que muitas vezes eram criadas por terceiros, especialmente meus parentes e amigos, que por fim, se reflitiam em nós, de uma maneira singular..

Devo, envergonhado, assumir minha infidelidade, causada por essas brigas. Acabei indo buscar
em outras, certas coisas que não tinham em você, e, infelizmente, ou felizmente, só achei nelas o que faltava delas para se parecer com você. Nada era o mesmo, o sabor, a essência, a companhia.

E, sobre isso, com a cara no chão, lhe peço perdão.

Acerca do que se trata o prefácio dessa carta, certamente que não entenderá, mas, que pra mim será algo definitivo. Eu, não consigo mais andar ao seu lado, temos ritmos, hoje, diferentes do passado, porém, não a culpo por isso, fui eu que mudei, talvez pra pior. Meus objetivos, se refletem no meu presente, do qual devo me abdicar de certas coisas. Juro que se não fosse em último caso essa carta jamais teria um pingo de tinta dessa minha caneta, que por vários dias nos fizeram presença.

Espero que do fundo do seu coração, me compreenda, não guarde rancor, nem sinta dor.

Do seu estimado amante, cujo o maior pecado foi ter te comprado, Fumante.






Por: Martins, Ulysses. 

Qualidade de metade.




Quando não era nem criança e nem velho, era moço. E em plena mocidade nunca se é ao todo uma coisa só. Meio sem-vergonha, metade apaixonado. E então casei-me com Lisbela, e com ela reparti meu sobrenome. Metade do sertão acompanhou o casório. No altar, quebrei meu coração em duas partes iguais - metade com ela, metade comigo. Ela me prometeu metade de todo amor do mundo. O povo dançou, bebeu e meia-noite acabou-se a festa. Agora é julho, estamos no meio do ano. Eu tenho 50 e estou na metade da vida. A garrafa de vinho está pela metade, os copos estão meio vazios. O último trago que dei, empurrou a vida do cigarro para o meio da morte, da nossa morte. No relógio, o ponteiro maior aponta para o doze e o menor aponta para sua metade, para o seis. O sol lá em cima queima meio mundo, é meio dia! A morena que sentava aqui se viu dividida entre mim e sua cara metade. Você acredita que o moço tem apenas o meio de minha idade? Da vida, não viveu nem a metade! "Não estou feliz por completo com você.", disse Lisbela, noite passada, enquanto abotoava três de seis botões de sua camisola velha - que não valia meio cruzado. Preferiu o moço, claro. Disse que sou um homem medíocre. Me vi só com a metade de mim mesmo. Lisbela levou metade de minhas terras, de meu dinheiro e, ainda, aquela metade de coração jovem que dei a ela enquanto dividíamos a alegria na cama. Agora me sinto um homem incompleto, dividido entre a tristeza e a saudade. Um velho mediano, com a metade que me restava do coração também partido em mais dois. Meio triste, meio carente, meio vivo, meio morto. Com meio coração não se vive bem. Mas o pior, meu filho, é saber que a metade minha que carrego no peito, só se importa com a outra metade da cama, onde não existe mais o perfume e os beijos de Lisbela.

A paixão disse: - ''alô?''.



Sua voz era exatamente como imaginei: suave, doce. Confesso que estava nervoso, não sabia direito o que falar. Então você atendeu, descontraindo-me totalmente. Como me senti um idiota, um tolo. Mas valeu à pena. Valeu meu dia, ou até minha semana. Há quem diga, que fez valer minha felicidade, meu sorriso embasbacado numa manhã a cinco graus célsius caminhando pela escola. Talvez seu sorriso por ter vergonha de voltar um ”te amo” me faça ter alucinações, me faça ter aquele brilho no olhar por recitar seu nome contando aos amigos que eu te liguei ontem. Também tem seus recados de ciumes, que me fazem sentir que valho à pena para alguém, que não seja aqueles que precisam de mim para algo fútil, mas que me faça sentir reciprocidade naquilo que, eu acho, que já estou sentindo por você.

Por:  Fiorote, Erick. 

domingo, 19 de janeiro de 2014

Onde o ar anda apressado.




A lua subia alto no céu, fatiando as poucas nuvens que teimaram em sair para passear naquela noite fria de Janeiro. O brilho das estrelas era fraco, elas brilhavam cansadas e iluminavam pouco - como um cantor de músicas tristes sob a luz baixa de um pequeno pub. Era a primeira sexta-feira cinza do mês. Foi o primeiro verão sem sol do ano. E na varanda de uma casa, do lado norte do mapa, dois rapazes conversam. 

Cadu, o moço com mais vodca no sangue, disse de uma forma rude, como se as palavras que saiam pela sua garganta fossem azedas feito bile de vômito.

- Os homens são traiçoeiros e a humanidade é má! E o amor que eles insistem dizer que sentem é pura ficção, algo inventado por sonhadores que não estudaram os grandes filósofos do passado! O ser humano é egoísta e você, Will, é o maior deles.

Will apenas disse:

- Qual é o antônimo de egoísta?

- Altruísta! - respondeu Cadu.

- Certo, continue.

E Cadu prosseguiu, agora com um pouco mais de vodca em suas veias.

- Não vai dizer nada? Não sabe debater?

- Não me acho tão egoísta, Cadu. Você é meu amigo há anos, você mesmo sabe. 

- Will, mas isso não é um defeito. O egoísmo é uma coisa boa, acredite! Pessoa ajudam umas às outras para receber em dobro. Homens rezam para seus deuses apenas para chegar aos céus. Mulheres dão amizade esperando uma reciprocidade imposta. Não associe egoísmo com uma coisa negativa. O preço que se paga por uma convivência tolerável em nós humanos, é pago com o suor do egoísmo.

- Desculpe, Cadu, mas não penso assim. Muitas pessoas dão sem ter ao menos a expectativa de receber algo em troca. Seja dos homens ou de seus deuses.

- Como você pode falar isso, Will? Você é o pior. Você usa uma bondade cosmética e recebe em troca uma gratidão honesta. Como você consegue dormir a noite? Você dá uma esperança de mudança e em troca faz malabarismos com corações, deixando cair um ali, outro aqui, e ainda por cima não se sente mal por isso. Você é o cara mais egoísta que eu já conheci. 

- Obrigado.

- Hã? O quê? Não, o que você acha disso?

- Acho que você precisa ler menos René Decartes e um pouco mais de Shakespeare, Cadu. Você é muito cérebro, muito racional. Pra enxergar esse meu mundo, primeiro você tem que tirar as lentes embaçadas da lógica e passar a olhar as coisas com o coração.

Cadu puxou todo o ar que pode reunir e soltou de uma forma bem exagerada. O tédio. O blá blá blá. A mesma conversa fiada sobre esse sentimentalismo barato ...

Will, desviando o assunto, disse:

- Você desacredita do amor, mas já disse que ama sua mãe, seu irmão, seu pai ..

- Sim, mas foi só pela felicidade deles. Eu sabia que faria bem para eles.

- Ganhou algo em troca, Cadu?

- Claro.

- O quê?

- Eles ficaram satisfeitos em ouvir, se sentiram alegres.

Will disse entusiasmado:

- Aha! O nome disse é altruísmo.

Cadu sorriu um riso de deboche e disse:

- Puro egoísmo, Will. Foi apenas pra ver a felicidade deles. São minha família, não custava nada. Continuo achando que amor é apenas uma palavra qualquer.

- Cadu, você soprou o ego pra bem longe do seu ser. O nome disso não é egoísmo. Você abriu mão do seu pensamento a respeito do amor e disse uma coisa em que nem acredita só para a felicidade de um outro alguém, e tudo que recebeu de volta foi a alegria de quem você gosta. O nome disso não é egoísmo, Cadu, é amor.

Cadu olhou para o nada por alguns instantes.

Will olhou as estrelas e elas estavam um pouco mais contentes.

Os dois viram algumas cores em um dia tão frio, tão cinza. 

domingo, 12 de janeiro de 2014

Ela é puro ecstasy ♪




Enquanto eu beijava e respirava o hálito dos seus lábios mais íntimos, te fazendo gozar, você deu um passo atrás imaginário, Bárbara, e se viu dirigindo seu carro cinza com um cabeludo mordendo todo o interior de sua coxa firme. Ao longe, eu ouvia o som de Guns N' Rose escorregar pra fora do seu rádio FM, abafando o seu gemido alto e seu suspiro rápido, que deliciavam ainda mais o prazer em lamber toda a volta da sua virilha recém depilada. Quando você tremeu de uma forma desajeitada eu pude ouvir o ritmo rápido do seu coração batendo na ponta da minha língua, então eu levantei minha cabeça e vi aquele riso gordo que aplaude silenciosamente a satisfação de um orgasmo bem feito. Depois disso eu encostei minha cabeça no seu ombro, brinquei com a auréola do seu mamilo e apreciei com exagero o que ainda restava daquele pôr-do-sol de cores fortes. A lua surgiu, Bárbara, e depois que fizemos amor em um monumento perto dos ministérios da cidade, eu comecei a rabiscar nossas iniciais dentro de um coração no topo de uma chama que jamais se apagará. E foi exatamente nesse momento que lembrei o dia que te conheci - o dia em que me apaixonei por você.

Foi assim:

Bárbara, você sentou perto de mim e eu disse alguma coisa que te fez sorrir. Depois você disse outra e eu então percebi que queria passar o resto da vida escutando aquela voz despreocupada e boba. Você enrolou um baseado entre um beijo e outro, e eu só queria sabe de brincar com a parte raspada da sua cabeça grande. Bárbara, você tragava fundo, soltava a fumaça na brasa do baseado e depois batia, de leve, o dedo indicador no meio do cigarro de maconha pra deixar cair a cinza morta. Mais tarde você tirou da sua bolsa cafona uma bala e a esfarelou em cima de uma agenda antiga, pegou um cartão de orelhão e fez cinco fileiras de um pó avermelhado - o ecstasy. A alegria me abraçou forte. Bárbara, eu te beijei por horas sem parar e quando abri o olho já era dia. Beijar você era como morder cada pedacinho de nuvem macia do céu de um sábado ensolarado. Beijar você foi comungar o corpo de Cristo na missa de um domingo. "Que beijo gostoso, Jake." você me disse sorrindo, e eu retribuí te beijando um pouco mais. Você me puxou pela mão e arrastou todos meus beijos para o quarto. Na febre daqueles beijos sem fim, não transamos. Você deixou crescer todos os pelos do meio, e isso eu entendi como um protesto pessoal seu contra todos os homens que só te fizeram sofrer, uma forma de dizer para você mesma, Bárbara, que estava cansada disso tudo. E então sobrou tempo para conversar, brincar e sorrir. Adormeci brincando com a pontinha do seu mamilo enquanto você me fazia um cafuné perto da orelha. Dormi segurando seu seio, e quando acordei era meu coração que estava em suas mãos.

E então lá estava eu vandalizando um patrimônio público, terminando de lapidar nossas iniciais dentro de um símbolo carinhoso, enquanto você debruçava seu corpo largo no precipício do lugar e levava, com uma das mãos, o cigarro de maconha até sua boca. Eu uivei alto, e isso te fez sorrir.

Voltamos ao seu carro cinza de mãos dadas e corações atados.

Entre os beijos de adeus dentro do seu carro, você me fez o boquete mais gentil e generoso que já recebi em toda minha vida. O gelado do seu piercing de língua me fazia arrupiar por onde ele deslizava, e naquela hora eu tive certeza de que não queria passear por outras coxas, outras virilhas.

E então você disse:

- Foi incrível, Jake. Foi inesquecível...

Bárbara, meu coração disparou triste e eu senti um aperto no peito. De repente eu tinha certeza de que seria a última vez que te veria. E então foi minha vez de dar um passo atrás imaginário e ver minha vida sem você. E então eu percebi que de todas as drogas que você me apresentou, seu beijo foi a que mais eu viciei.

- Como seria um último beijo? - eu disse.

- Doce, desajeitado e incrivelmente triste. - você respondeu.

E então eu te beijei na triste e absoluta certeza que não sentiria mais o gosto daqueles lábios abundantes em THC.

Você tinha razão, Bárbara.

Foi doce.

Desajeitado.

E incrivelmente triste.

Carta de amor

Hoje meu coração ta cheio de coisas lindas, cheio de "sentimento" e de amor ,são coisas que você plantou em mim. eu quero que você saiba que vc me faz sentir como se eu fosse uma criança de 5 anos que se diverte so de tacar um objeto em você ou quando vc tira catarro do meu nariz e falta comer. Mas o mesmo Rodrigo que me faz sentir com 5 anos faz com que eu tenha o fogo de uma mulher. O mesmo rodrigo que me faz morrer de raiva umas horas, é o mesmo Rodrigo q me deixa nas nuvens e q só precisa cheirar o meu cangote pra me arrancar aquele sorriso. o mesmo idiota que se atrasa uma hora e meia, é o mesmo que chega me abraçando e eu deixo tudo como tá, só pra ganhar o beijo da boca mais gostosa q eu já vi. eu agradeço a Deus por nao ter tirado você da minha vida, por ter dado pra gente essa outra chance, eu nao tinha mostrado pra vc todo o meu amor, e acho que vc tbm nao tinha tido tempo pra isso. pra vc todo o dia eu mostro o meu lado mais melado, e por mais q eu pense q vc vai enjoar um dia, eu nao tenho medo de falar pra vc a dimensao do q é o q eu to sentindo. e eu falo pra vc olhando nos seus olhos q eu amo cada pedaçinho seu, mas eu amo msm, eu adoro essa sua verruguinha nojenta e eu adoro esse seu dente separado, e eu amo quando vc faz aquela cara horrorosa e começa a imitar um mongol, eu amo a sua joanete, é vc tem joanete, olha pro seu pé depois (kkk). eu nao quero que passe, nem quero q diminua, nem quero q mude, eu sei q nao vai mudar, mas se por acaso um dia isso acontecer, pra voce eu dei meu melhor, eu dediquei, eu arrisquei, eu me perdi e em você tbm foi q eu me encontrei. Até hoje eu nao acredito q eu to com você sabe! vc foi o meu sonho de menina, e vc fala sempre q eu sou uma menina de sorte, mas eu sou msm, eu tenho o cara por quem fui apaixonada aos 10 anos, e o mais legal esse cara é o mais especial e mais lindo do mundo todo, e mais legal ainda, ele corresponde ao q eu sinto por ele, eu tenho MUITA sorte.. eu tenho o Rodrigo Araújo Lopes só pra mim. e eu tenho uma coisa pra te falar: Sou só sua . a um ano atrás, eu durmo e acordo pensando em voce. em um jeito de poder te fazer feliz de poder te surpreender, fazer um presente de aniversario com 3 meses de antecedencia. kkk eu nunca mais vou fazer isso pra ninguem, só pra você o primeiro homem da minha vida. q me deixa toda arrepiada toda vez que me beija, como se fosse ainda aquele dia la no metrô, eu nao demonstro mas toda vez q a gente combina de ser ver eu ainda sinto tudo aquilo, eu ainda fico nervosa, ( eu so nao fico batendo no meu caderno igual aquele dia ) quando eu to chegando perto da sua casa pra te chamar, e eu sei que você ta la dentro esperando por mim, meu coraçao fica a mil e se isso nao é paixao, nao é amor, eu nao sei o q é mais nada então. ninguem pode acreditar na gente, mas eu nao preciso de "ninguem" o q eu preciso é "a gente" e eu tenho certeza q isso eu tenho. eu confio em você. ah e eu to feliz demais, de nao precisar esconder voce de mais ninguem (mae). eu quero me casar com você e eu quero ter filhos com vc, eu quero viajar com vc, eu quero ta do seu lado toda vez q vc conseguir alguma coisa, eu nao quero mais ta longe quando vc precisar de mim, e quero ter vc perto de mim tbm sempre, pq vc apesar de me deixar fraca, me estremecer toda, me faz sentir forte. vc é lindo, e eu sou apaixonada por cada qualidade e cada defeito seu. eu não quero te perder nunca mais, nem quero te fazer sofrer, por isso, eu nao vou te decepcionar, nao quero te ver triste pq vc é o meu amor. quero q a gente tenha a nossa aliança de prata, mas tbm quero ter a nossa de ouro na mao esquerda um dia. ( isso nao é um indireta kk) vc é engraçado, é simpatico, é divertido, é sincero, é especial é lindo e eu te amo.

De: Anônima

sábado, 11 de janeiro de 2014

Sua dor




Minha imparcialidade com seu pesar patinava na superfície do meu estado de espírito e, enquanto um riso pousasse na volta do meu rosto, o meu descaso com o soluço do seu choro era algo inevitável.

Mas o amadurecimento da alma é um processo gradual, não um pulo repentino. E depois de tanto masturbar o íntimo do meu coração e assoprar a poeira da insensibilidade pra bem longe do meu ser, eu pude enfim amarrar essa fita podre nas teias do passado e seguir em frente sintonizando a polaridade dos nossos sentimentos com igualdade.

E quando meus pés doem, eu lembro da sua dor e me permito caminhar um pouco mais. Não porque eu simpatize com essa dor, mas é que as vezes eu acho que a mereço. Eu senti toda sua dor.

Hoje suas lágrimas de infelicidade caem como pingos de torneiro da cozinha - aquelas gotas incansáveis que perturbam meu sono -. Elas me fazem ficar acordado apenas tentando enxugar cada metro quadrado da sua aflição. Antes eu era condescendente com sua tristeza, hoje eu luto pela sua felicidade.

Sua dor é minha, sua felicidade é nossa.