sábado, 11 de maio de 2013

Sem teto, sem chão.



E eu não entendo essa minha mania de bater em portas que insistem em permanecer trancadas. E por mais que eu troque de endereço, o destino me joga exatamente em outra morada sem o sossego de um teto. É como se eu enviasse cartas para um CEP inexistente, não existe destinatário para o meu amor. Quando eu penso que aquele é exatamente o abrigo que por tanto tempo esperei, mais um teto insiste em desmoronar sobre minha cabeça e destruir tudo que coloquei em jogo, argamassa e cimento. Talvez se eu tivesse um alicerce mais forte não veria minha alma pedindo ajuda em meio aos sufocados e aos escombros do dia-a-dia. Mas ainda anseio pelo dia que encontrarei não uma morada, mas um lar. Um lar aconchegante onde eu possa mergulhar minha cabeça tranquilamente e dormir com a certeza de que de baixo daquele teto estou protegida das goteiras de malícia e de mentiras que chove aos montes lá fora. Porque eu tenho certeza que cada um tem seu teto para confortar e, eu tenho fé, comigo não vai ser diferente.


Por:  Soares, Tiessa & Araújo, Rodrigo. 

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