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Quando escrevo eu me sinto livre, me sinto abstrato, tão comum e tão sincero. Sou o líder do meu bando, Sou o alicerce que sustenta o arranha-céu, Sou a pedra que desvia o rio. Os mundos giram sobre mim pois eu me sinto o próprio sol! Desprendido e natural: Assim eu definiria o meu modo de escrever. Já tenho meu ritual; Sinto uma Inspiração, boa ou má, não importa, coloco um som de Bob Marley, S.o.j.a, Racionais ou O Rappa ; Simplesmente vem a tona. Nada forçado, nada ensaiado. Meus dedos começam a falar, Simplesmente acontece.Vou costurando minhas frases, lapidando minhas palavras e quando eu vejo meu sentimento já está em letras e vírgulas. Porra, me sinto bem ao escrever alguma merda. Escrevo sobre o claro e desnecessário, o prazer e a angústia, sobre o inesperado e o justo, sobre o amor e a utopia. Escrevo sobre o que me dá vergonha e também sobre minhas criptonitas. Me sinto o circunflexo e o agúdo mas nunca o ponto final. Dígrafos e hiatos mas nunca o ponto final. Paroxítonas e quase sempre um sujeito oculto mas nunca o ponto final. Aí então eu termino, meus pensamentos já não gritam comigo e então eu consigo ouvir de novo a música que está rolando. Continuo sem o meu ponto final pois sinto que nunca acabará. Estou no meio de um caderno inacabável, um espelho de frente para outro espelho, o reflexo do reflexo do reflexo. Um começo sem fim, uma dízima periódica de letras, um infinito. Escrever é um eterno três pontinhos . . .