segunda-feira, 2 de abril de 2012

Sobre o meu egoísmo.

Vou apontar meu próprio dedo para mim e dizer: Cara, como você pode ser tão egoísta?! Quero seu hálito quente só pra mim enquanto eu distribuo beijos e promessas. Te ouço gritar de dor e tapo meus ouvidos para aliviar meu próprio incômodo, te vejo sangrar e estanco minhas cicatrizes já saradas. Me sinto o próprio sistema solar, não importa quantos planetas tenho desde que girem ao meu redor. Confesso, sou bom nisso. Improviso passando saliva nos cantos cinzas do seu corpo, te engano com a verdade, te completo genericamente e o pior é que vocês sabem disso. Não poder voar nesse céu é fazer minhas asas se tornarem obsoletas. Seu sentimento é uma planta que pararia de crescer se eu simplesmente parasse de regar, mas eu não posso, não consigo! É inevitável sonhar com um futuro com cada uma de vocês, assim como é clichê dormir em ópera, falar sobre o clima no elevador. Meu ego, sonho e coração procuram uma garota de filme, aqueles românticos. Aquela mulher que canta no banho depois de um dia comigo, que escreva no diário o dia do nosso primeiro beijo, que rabisque nossas iniciais num vidro embaçado pelo clima, que o rabo do seu sentimento abane logo que sinta o calor do meu abraço. É egoísmo procurar isso em todos olhares, todos os beijos, acho que é egoísmo ter um coração com vários cômodos. Vou ter um amor de novela e pra isso acontecer basta eu parar de querer indenizar todo e cada sentimento que acabo negligenciando tentando fazer isso virar realidade.

2 comentários:

  1. Serão noites inteiras, talvez por medo da escuridão
    Ficaremos acordados imaginando alguma solução
    Pra que esse nosso egoísmo não destrua nosso coração .. ♪ ♫ ♥

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  2. Parabéns, ótimo texto!!

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