domingo, 11 de agosto de 2013
Talvez o amor seja isso; V
- Papai, você morreria por mim?
- Não.
- Papai, então você mataria por mim?
- Claro que não, filhinha.
A filha já estava bastante desapontada com seu pai. Ele não parecia aquele herói de filmes natalinos. E tentou num profundo ato de desespero descobrir até onde seu pai iria por ela, seu dengo. Ela queria um gesto que comprovasse o amor de seu pai por ela.
- Droga, papai. E o que você faria por mim?
- A primeira vez que eu te vi, filha, foi como se meu coração batesse fora do meu peito. Eu não preciso matar ou morrer, eu dedico cada segundo da minha vida a você. Eu vivo por você, filhinha.
A filha sorriu contente e satisfeita.
Talvez o amor seja isso; a certeza que a verdade de pai é imã para um sorriso sincero de filha.